A eutrofização é um fenômeno que pode acontecer naturalmente, por meio da multiplicação excessiva de algas, ao longo do tempo geológico, porém, frequentemente, tem causas antrópicas. Nestes casos, ocorre quando são despejados dejetos orgânicos e/ou fertilizantes em corpos d´água, o que causa mudanças que impactam negativamente a comunidade biológica e podem ser prejudiciais à saúde humana.
Uma das alterações mais relevantes nos processos de eutrofização é a diminuição do oxigênio disponível. Isso ocorre porque, com o aumento da disponibilidade de nutrientes provenientes das atividades antrópicas, os produtores primários se proliferam de maneira excessiva.
As algas planctônicas têm ciclos de vida geralmente curto. Assim, a biomassa morta dessas algas tende a se acumular e ser oxidada na coluna d’água e no fundo, consumindo ainda mais oxigênio do ambiente. No período noturno esses fatores se tornam mais drásticos devido à ausência de fotossíntese e à respiração da comunidade, incluindo as próprias algas e podem levar a condição de anoxia e à mortandade de peixes e outros animais.
Os modelos preditivos são uma importante ferramenta para a gestão da qualidade da água em reservatórios, pois conseguem prever diferentes cenários da dinâmica da qualidade da água e indicar quais os principais fatores e condições ambientais que podem gerar a eutrofização do ambiente. Isso pode ser usado para subsidiar ações para manejar determinadas condições ambientais a fim de se evitar uma possível eutrofização, bem como para manejar locais já eutrofizados, buscando impedir a depleção de oxigênio e a floração de cianobactérias tóxicas.
